11 de abril de 2025
GOLPISTA DE ESTIMAÇÃO? Após pedido junto ao STF, Rogério e Styvenson são autorizados a visitar Braga Netto na prisão
Autor: Daniel Menezes
Do Saiba Mais
Por Valcidney Soares
Os senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB) foram autorizados a visitar o general e ex-ministro Walter Braga Netto na prisão. A medida foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a visita de 23 senadores e de um deputado federal.
As visitas deverão respeitar as normas da 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar do Rio de Janeiro, onde Braga Netto está preso. Conforme a decisão, cada congressista terá um dia de visita ao militar. O ministro Alexandre de Moraes impôs um limite máximo de três visitas individuais por dia. As datas deverão ser definidas de acordo com as normas regulamentares da unidade militar. Fica proibida a entrada de assessores, seguranças, ou da imprensa.
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Os visitantes também não poderão entrar na unidade com celulares, equipamentos fotográficos ou qualquer outro dispositivo eletrônico. Não poderá ser feito nenhum registro de imagens dentro da unidade prisional.
Entre os parlamentares autorizados, estão nomes como Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Damares Alves (Republicanos-DF) e Teresa Cristina (PP-MS). Os três ocuparam cargos de ministros no governo Jair Bolsonaro; o próprio Rogério Marinho também foi ministro do Desenvolvimento Regional. Outro nome de destaque na lista é o ex-juiz Sergio Moro (União-PR).
Réu no STF
Braga Netto é um dos réus no Supremo por tentativa de golpe de Estado, junto a mais sete pessoas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro. Segundo a denúncia, esses oito acusados integram o Núcleo 1, ou “Núcleo Crucial”, de uma organização criminosa que buscava impedir o regular funcionamento dos Poderes da República e depor o governo legitimamente eleito. O general está preso desde dezembro do ano passado nas instalações do Exército no Rio de Janeiro.
Na denúncia que tornou Braga Netto réu, a Procuradoria-Geral da República (PGR) narrou de forma detalhada os indícios de autoria do general da reserva e ex-ministro. A denúncia descreveu a incitação de Braga Netto aos movimentos populares e sua ideia de multiplicar a adesão à tentativa de golpe a partir de notícias fraudulentas. Após as eleições de 2022, ele teria dito aos manifestantes em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, que havia esperança, que o processo não havia terminado e que algo aconteceria até o final do ano.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a denúncia da PGR demonstrou que houve uma ação coordenada de todos do chamado Núcleo 1 para praticar crimes contra as instituições democráticas e romper a normalidade do processo sucessório da Presidência da República. Para o relator, a materialidade dos crimes está comprovada, pois houve violência e grave ameaça, e já foi reconhecida pelo STF na análise das denúncias que envolvem os mesmos crimes, embora com participações diversas.
De acordo com Moraes, os atos apontados na denúncia culminaram no ataque de 8/1, que “não foi um passeio no parque”, porque os manifestantes romperam violentamente as barreiras da Polícia Militar, e policiais foram gravemente feridos.
Vídeos exibidos pelo relator com imagens dos acampamentos, das tentativas de invasão da sede da Polícia Federal e de explodir uma bomba no Aeroporto de Brasília e a depredação da Praça dos Três Poderes confirmam, para o relator, os crimes indicados na denúncia e não deixam dúvida sobre a materialidade e a gravidade dos delitos.
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Sóstenes Cavalcante;
Izalci Lucas;
Plínio Valério
Rogério Marinho
Chico Rodrigues
Marcio Bittar
Luis Carlos Heinze
Hamilton Mourão
Marcos Rogério
Sérgio Moro
Eduardo Girão
Laercio Oliveira
Nelsinho Trad
Mecias De Jesus
Romario Faria
Alan Rick
Jorge Kajuru
Cleitinho Azevedo
Styvenson Valentim
Teresa Cristina
Zequinha Marinho
Dr. Hiran
Carlos Portinho
Damares Alves