12 de abril de 2025

Demonstrando insegurança com a masculinidade, Sargento Gonçalves precisa conhecer esta pesquisa aqui

Autor: Daniel Menezes

Eleito pela carona que pegou em seu companheiro de chapa Lagartixa, Sargento Gonçalves tenta se manter no cargo de deputado federal após 2026, procurando superar General Girão como o bolsonarista mais hard do RN. E aí, num estado pobre como o RN lotado de necessidades, gasta o mandato atirando para a chamada pauta dos costumes, em bom português, lacração para as redes sociais sem resultados positivos algum.

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Durante a semana, entrou de penetra numa disputa na câmara municipal do Natal em que o vereador Eliabe alegou que o "choro é livre", justamente no momento em que a vereadora Thabata Pimenta falava sobre a atuação de Jair Bolsonaro na pandemia e como isto ocasionou no falecimento de sua mãe. Gonçalves foi para a tribuna da câmara federal no dia seguinte chamar a vereadora de "vereador" e reafirmar que o "choro é livre".

Pronto. Gonçalves ganhou visualizações nas redes sociais como o machão e explicitando sua transfobia. Thabatta já anunciou que irá processá-lo. 

Gonçalves só consegue aparecer assim - viagem para os EUA para assistir a posse de Donald Trump do telão em uma calçada e todo o restante do combo bolsonarista. Um homem de bem eleito nas franjas de um candidato cassado e preso pela acusação de triplo homicídio em disputa de grupos criminosos. É a exaltação da masculinidade que precisa ser a todo tempo afirmada. Como diria Nietzsche, é a pessoa que fala de si, não para os outros, mas para tentar se convencer de algo. 

Deputado, não quero jogar xadrez com pombo. Por isso, não usarei este espaço para dizer o quão inútil tem sido a utilização de um cargo tão importante pelo senhor para questões irrelevantes e/ou negativas. Nem muito menos irei despender mais palavras, tentando lhe mostrar como sua atuação gera violência contra vidas alheias. Queria apenar sugerir para que o senhor leia a pesquisa abaixo. Se o senhor souber aproveitar, ela será de grande valia para que consiga equacionar a construção/aceitação de sua identidade.

Homofobia pode ser indício de atração pelo mesmo sexo, diz pesquisa

Revista Exame

São Paulo – A ideia muito propagada de que os homofóbicos são, na verdade, “gays enrustidos” ganha apoio da ciência com um estudo realizado por integrantes das universidades de Rochester e da Califórnia, nos Estados Unidos, e de Essex, na Inglaterra.

A pesquisa aponta que pessoas que crescem em ambientes familiares repressores podem se privar de seus desejos internos. Para evitar o estigma, elas suprimem a atração que sentem pelo mesmo sexo e se tornam preconceituosas, como forma de se defender.

Esse resultado foi publicado na edição mais recente do periódico Journal of Personality and Social Psychology. A conclusão veio a partir de quatro experimentos que testaram, de acordo com o tempo de resposta, a relação entre o apoio à autonomia dado pelos pais e a diferença entre a sexualidade declarada e a implícita.

Cada teste foi feito com cerca de 160 universitários. Nos dois primeiros, eles tiveram que classificar palavras e imagens como “gays” ou “heterossexuais” e, depois, procurar fotos de pessoas de gêneros diferentes. Isso foi feito para que os pesquisadores pudessem analisar a orientação sexual implícita de cada um.

Os experimentos seguintes tiveram foco direcionado à situação familiar, valores, opiniões, crenças e preconceitos presentes na criação dos pesquisados. Após os testes, foi percebido que houve uma maior discrepância entre a orientação sexual implícita e explícita nos participantes cuja família (principalmente a figura paterna) era homofóbica e não dava apoio à autonomia do filho.

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