20 de abril de 2025

Olha aí, Matheus Faustino: vereador de cidade mineira é cassado por invadir Unidade Básica de Saúde alegando fiscalização

Autor: Daniel Menezes

O Conselho Regional de Medicina entrou na justiça para que o vereador Matheus Faustino não faça mais as suas ditas fiscalizações em unidades básicas de saúde de Natal, sem respeitar os devidos protocolos das instituições visitadas. Segundo o CRM, o vereador tem partido da ideia de fiscalizar para assediar funcionários e obter, com isso, ganhos midiáticos. O vereador nega e alega que só cumpre o seu papel.

Este blog está avisando. Além do modo como Faustino inquire os servidores se confundir com a típica lacração por si só errada a que seu grupo extremista, o Movimento Brasil Livre, já se acostumou, o vereador brinca com fogo.

Ele está achando que terá a mesma garapa com as aloprações que o MBL passou a fazer contra a esquerda e com instituições universitárias. Contra esses, caro parlamentar, o senhor terá o apoio da imprensa. Agora, no caso do CRM - e o senhor claramente querendo fazer essas papagaiadas para tomar a vaga de algum bolsonarista em 2026 na assembleia -, não teráis vida fácil. Não subestime a força dos médicos. Eles passaram dois enchendo as pessoas de remédio de verme para doença viral e nunca foram incomodados. 

Cabe ler a matéria abaixo. Em uma cidade de Minas Gerais, a câmara se cansou das ações do vereador e cassou seu mandato.

 

Do Estado de Minas - A Câmara Municipal de Felício dos Santos, no Vale do Jequitinhonha, cassou o mandato do vereador Wladimir Antônio Canuto (Avante) na noite de quinta-feira (17/4). Em 3 de fevereiro, o parlamentar entrou na sala de emergência de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município, onde um paciente de 93 anos morreu minutos depois, alegando atender a um pedido de fiscalização (relembre o caso).

O caso foi analisado pela Câmara, onde os oito parlamentares presentes votaram pela cassação por quebra de decoro parlamentar. Arthur Gabriel Nascimento Rocha (PRD), presidente da casa, leu a decisão, que será encaminhada à Justiça Eleitoral.

Em sua conta no Instagram, Wladimir Canuto comentou sua cassação: “Distorceram o assunto para calar o único vereador que faz o papel de fiscalização. Mas a história não acaba aqui. Na hora certa, minha assessoria jurídica vai entrar na Justiça e vamos aguardar o resultado final. Porque aqui na Câmara todos nós sabemos que é carta marcada. Aquele teatrinho que fizeram foi todo montado e a gente já sabia que o resultado seria esse.”

A Prefeitura de Felício dos Santos, que, à época da polêmica, declarou que tomaria as providências cabíveis, divulgou uma nota sobre a cassação com o seguinte trecho: “Parabenizamos a comissão processante instituída pela portaria n. 15/2025 e aos demais vereadores que, de forma responsável, honraram o mandato que lhes foi confiado, apurando os fatos com rigor, respeito ao devido processo legal e garantindo a defesa do acusado, sem jamais negligenciar os direitos dos servidores públicos envolvidos, especialmente da equipe que exercia suas funções no momento da ocorrência”.

“A perda de mandato é uma resposta clara e contundente aos cidadãos, especialmente às vítimas diretas da agressão, reafirmando que Felício dos Santos não compactua com desrespeito, abuso de poder ou qualquer tentativa de intimidação de profissionais que cumprem seu dever com dignidade”, disse o prefeito Weniton França (PRD) em outro trecho da nota.

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