27 de abril de 2025
A antecipação da eleição no RN traz o tradicional "salve" contra jornalistas não-alinhados
Autor: Daniel Menezes
Em 2022, o então senador JEan Paul Prates não conseguia conceder uma única entrevista em qualquer local que fosse. A situação era inexplicável, já que ele ocupava um dos cargos mais importantes do RN. Este blog teve acesso a base do boicote na época.
A então extrema direita, com toda a máquina na mão, não tinha interesse em gerar visibilidade a possíveis adversários de seus projetos e candidatos. Daí que passou o "salve" aos "parceiros" da mídia. Nada de Jean Paul em canto algum. Na prática, o mataram por inanição de visibilidade. Depois, em 2022, o mesmo ocorreu com o ex-prefeito Carlos Eduardo.
É sempre assim quando a eleição se aproxima com aumento da pressão dos pretendentes a cargos eletivos sobre os veículos. Além disso, a perspectiva de poder gera força na capacidade de negociar e carrear a organização de redações e mesas de debate. Em 2024, em Natal não foi diferente e todos puderam assistir.
Veja, caro leitor, não é coincidência o fato de que dois jornalistas já foram limados - um de um portal e outro de uma tv. A antecipação da eleição rima com perseguição contra os não-alinhados. Até 2026 não vai melhorar.
FORA DA CURVA
A governadora Fátima Bezerra é um ponto fora da curva. E aqui não faço um elogio, mas apenas relato os fatos. Não há qualquer registro da utilização da máquina para interferir na nomeação ou demissão de jornalistas em redações e bancadas de rádio. Pelo contrário. Ela, de modo disparado, é a que mais apanha da imprensa quando comparamos com as gestões precedentes. Não há registro de jornalista fazer uma crítica contra a governadorar e, de repente, receber o convite para sair do espaço.
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