A governadora Fátima Bezerra disse, em coletiva de imprensa ontem (24), que espera começar a abertura da economia no dia 1 de julho. Segundo a secretaria de saúde do RN, estamos na fase do pico da pandemia. Caso a abertura aconteça a partir do próximo mês, fases de flexibilização serão implementadas.
Do blog: convenhamos, a reabertura não ocorrerá em condições ideais. A ideia de só abrir com uma taxa de ocupação dos leitos de covid de 70% não ocorrerá. Estamos com 90% de ocupação hoje no RN e não há qualquer indicativo de que a queda acontecerá. O governo se verá obrigado a modular o discurso.
Do blog II: A questão é que não há mais condições econômicas e políticas para sustentar o isolamento. As taxas de permanência das pessoas em suas casas seguem abaixo dos 40%. Na prática, sinaliza para que, tirando escolas, universidades e setor público, os demais cidadãos estão na rua.
A pressão pela reabertura também é muito forte vinda dos agentes econômicos e, sejamos justos, eles expressam suas preocupações. Não são os culpados.
Do blog III: A culpa vem da desarticulação criada pelo governo federal, primeiro criando toda onda em favor da minimização do problema. Depois, agindo contra o isolamento e incentivando pessoas a desobedecerem as regras lançadas pelos estados e municípios.
Do blog IV: o governo do RN não tinha condições para abrir a economia agora. Seria impossível na prática contrariar a recomendação de diversos membros do ministério público, do comitê científico que auxilia o governo durante a pandemia e a base mais fiel de Fátima, hoje majoritamente a favor da manutenção do isolamento. Ela acenou para esses grupos e a pressão vinda do outro cresceu. Terá que ir no caminho inverso no próximo mês.