Não era uma concessão pró vacina a reunião que Bolsonaro participou com a pfizer. Pelo discurso dos últimos dias, o Governo ataca a Coronavac e vincula seu nome à pfizer.
Atalhos cognitivos políticos explorados:
Coronavac = China = Sistema = ruim
Pfizer = EUA = Bolso = bom
Trata-se da vinculação a ser empreendida por Bolsonaro em sua guerra cultural. Porém, além de falsa, pode gerar mais estímulo antivacina.
Vinculado ao discurso negacionista do chefe, o ministério da saúde fala publicamente em não mais adquirir a Coronavac. Só que, conforme o próprio MS, não há outra para colocar no lugar. O potencial é o de atrasar ainda mais a imunidade de rebanho vacinal no Brasil.
Conforme levantamento recém publicado pelo poder 360 (leia aqui), a Coronavac evitou em 90% as mortes de vacinados. Foi o maior índice no quesito entre todos os imunizantes.
Os especialistas têm alertado para dois aspectos chaves para as vacinas: evitar hospitalizações graves e criar proteção coletiva. A Coronavac, aprovada pela Anvisa e oms, tem esses poderes.