O RN tem um capital estacionado que poderia vir a ser utilizado para regularizar as contas públicas estaduais. O Estado é dono de praticamente 100% das ações da Caern, uma empresa pública de economia mista no papel mas estatal na prática.
Com contabilidade sofrível, a Caern ganharia com a abertura de capital e com gerenciamento pela lógica privada. Hoje, por exemplo, não está claro quanto o governo coloca e tira de recursos da instituição. Há pouca transparência fruto da gestão ultrapassada mesmo.
O plano Mansueto do governo federal, que trará a possibilidade dos Estados acessarem linhas de crédito em prol da superação da crise, solicitará, entre outras ações, como contrapartida a venda de estatais. O plano chegará nos próximos dias no congresso.
É uma saída para o RN. Abrir o capital da companhia, ganhar com a injeção de novas práticas administrativas e, se quiser, ainda pode manter o controle da empresa. Basta vender 49,9% e ficar com 50,1%.
É incontornável. O resto é ideologia.