A prefeitura do Natal, em seu discurso na imprensa, vem condicionando a superação do estado deplorável das orlas de Natal à aprovação de um novo plano diretor, que se encontra em debate com setores da sociedade civil. Inclusive, o subterfúgio foi ponta de lança de campanha de reeleição do prefeito Alvaro Dias.
Cabe perguntar: de que maneira a organização da praia dos artistas e do calçadão de ponta negra dependem de um novo plano diretor?
Só será retirado o lixo das praias se existir um novo plano diretor?
A disponibilização de banheiros depende de um novo plano diretor?
A organização das ações da prefeitura depende de um novo plano?
O plano diretor atual proibe tais ações?
Ora, esse discurso não faz o menor sentido, pois não há qualquer correlação de causa e efeito. Está faltando a ação da máquina pública. E, convém lembrar, as administrações desse grupo político que domina a prefeitura já fizeram diversas intervenções com recursos federais, sem mudança concreta.