13 de maio de 2024
Dobra número de lagoas em risco de transbordamento em Natal
Autor: RedaçãoDo Saiba Mais
Por Mirela Lopes
Em março, Natal tinha oito lagoas de captação sob risco de transbordamento. Já neste mês de maio, esse número subiu para 18, de acordo com os dados fornecidos pela Defesa Civil Municipal.
Com um histórico de chuvas mais intensas no mês de junho, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Natal deve entrar no período mais chuvoso do ano com 18 de suas 50 lagoas de captação em situação de risco, ou seja, com alerta para transbordamento. Ao todo, 36% das lagoas de captação da capital estão nessa situação.
Das unidades em alerta vermelho, nove lagoas ficam na Zona Sul da cidade, sete na Zona Norte e duas na Zona Oeste, são elas: Lagoa de Ponta Negra (Alagamar) – na Zona Sul (ZS); a Lagoa do Pirangi 2 – ZS; a Lagoa do Preá – ZS; a Lagoa dos Xavantes I – ZS; Lagoa dos Xavantes II – ZS; Lagoa Gramorezinho (ou Sapo) – na Zona Norte (ZN); Lagoa Acaraú (Panatis I) – ZN; Lagoa da Cidade da Esperança – na Zona Oeste (ZO); Lagoa de Pirangi (ou Jiqui) – ZS; a Lagoa da Integração – ZS; Lagoa Vila Verde I (Dr. Carneiro Rieiro) – ZN; a Lagoa dos Potiguares (ou Jacaré) – ZS; a Lagoa do Makro – ZS; e a Lagoa do São Conrado – ZO.
Em março deste ano, a Defesa Civil de Natal já havia apontado risco de transbordamento em oito lagoas de captação, sendo que sete estavam na Zona Norte da cidade.
Além de solicitar informações sobre as condições atuais das lagoas de captação que recebem água de chuva, a Agência Saiba Mais também pediu à Defesa Civil Municipal explicações sobre os motivos para que as lagoas fossem classificadas como “em risco”, o que pode variar de não funcionamento por roubos e furtos até quebra ou ausência de bombas para a drenagem da água. Nos foi orientado que mais detalhes fossem solicitados à Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), porém, com o responsável pela assessoria de imprensa de férias, a recomendação foi procurar a assessoria da Prefeitura do Natal, que não nos atendeu, apesar das solicitações terem sido feitas desde a semana passada.
As lagoas são classificadas em cinco cores, de acordo com os riscos que apresentam:
VERMELHA: ALTISSIMA (situação crítica. Risco alto de transbordamento com danos ao patrimônio de terceiros);
LARANJA: ALTA (Possibilidade de transbordamento a depender do volume de água precipitada);
AMARELA: MÉDIA (Requer necessidade de limpeza para evitar o transbordamento);
VERDE: BAIXA (Sistema operando dentro da normalidade. Requer apenas limpeza);
AZUL: BAIXISSIMA (Sistema operando dentro da normalidade. Não requer manutenção).
Junho chuvoso
Ponto de alagamento registrado em abril no cruzamento da avenida Nevaldo Rocha com av. Coronel Estevam I Imagem: STTU
Desde o final do ano passado, Natal vem registrando chuvas acima da média, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Foram 255,9 milímetros (mm) em novembro de 2023, valor 1000% acima da média histórica (1991-2020), que é de 22,5 mm.
Em dezembro de 2023, a quantidade de chuvas para a capital potiguar continuou acima do normal, tendo sido registrados 74,7 milímetros (mm), quantidade 258% acima da média histórica, que é de 29 mm.
Já em janeiro deste ano, a média de chuva ficou abaixo do esperado. Foram registrados 61,3 milímetros (mm), quando a média costuma ser de cerca de 80,7 mm.
Porém, em fevereiro voltou a ser registrada alta acima do normal, com 157,2 milímetros (mm) de chuvas, o equivalente a 57,5% acima da média histórica para o período, que costuma ser de 99,8 mm.
Em março, a média de chuvas continuou acima do esperado em Natal. O Inmet registrou 262,4 milímetros (mm), quando a média costuma ser de 200,8 mm, ou seja, 31% acima do normal.
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