17 de fevereiro de 2023

Após a prisão de golpistas que quebraram Brasília, bolsonaristas do Brasil e do RN estão preocupados com direitos humanos, garantias de presos e a qualidade de vida nos presídios do país

Autor: Redação

Após a prisão de golpistas que quebraram Brasília, bolsonaristas do Brasil e do RN estão preocupados com direitos humanos, garantias de presos e a qualidade de vida nos presídios do país. E eles estão certos se não fosse pela pura seletividade estabelecida, já que passaram os últimos anos desdenhando da agenda.

O deputado federal Nikolas Ferreira, em recente fala na câmara, foi explicito em suas razões para a nova preocupação – falou em cuidar dos presos que seriam do “lado deles”. General Girão, deputado potiguar, também subiu à tribuna da referida casa para reclamar pela soltura dos golpistas depredadores.

O senador Rogério Marinho chegou a fazer uma visita para saber como os encarcerados bolsonaristas estão sendo tratados, conforme mostra o Blog do Barreto.

Seletividade é uma especialidade do bolsonarismo. E, diante do giro, fica uma certeza. Depois que a questão da prisão dos golpistas passar, eles voltarão a falar em direitos humanos como “direito dos manos”. Quer apostar?

Rogério visita golpistas na cadeia, busca solução para libertá-los e é ridicularizado por jornalista

Do Blog do Barreto

O senador Rogério Marinho (PL) está dedicando o mandato a proteger os golpistas do dia 8 de janeiro que estão presos em Brasília.

O parlamentar foi ao Twitter dizer que está agindo como líder da oposição em parceria com a líder do PP Tereza Cristina. Eles foram recebidos pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti. O passo seguinte é uma conversa com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

A preocupação é assegurar garantias para os golpistas presos.

O comportamento, contraditório para um bolsonarista, corrente política aversa aos direitos humanos provocou uma reação do jornalista Reinaldo Azevedo que comparou Marinho à personagem da música “Conceição”, imortalizada na voz de Cauby Peixoto. “Não há histórico de que Rogério Marinho tenha alguma vez se ocupado de mais de 800 mil presos, 40% pelo menos sem trânsito em julgado. Agora, ele evidencia sua preocupação com um grupo muito particular de presos: os que foram flagrados tentando dar um golpe de Estado. Isso nasce das chamadas ‘afinidades eletivas’. Espero q passe, doravante, a se ocupar dos ‘pobres de tão pretos e pretos de tão pobres’ q lotam os presídios e cadeias do Brasil, boa parte vivendo em condições miseráveis. Aliás, o bolsonarismo, pensamento de que Marinho se tornou expressão, sempre fez pouco caso dos direitos humanos p/ presos. Segundo sua formulação estúpida, diz defender os “humanos direitos” — a começar do homiziado de Orlando. Marinho já chegou a ser referência de conservador sério… Virou a Conceição da política: é aquele q “subindo, desceu’”, ironizou.