21 de março de 2023

Vilma Batista defende fornecedores de quentinha dos presídios do RN

Autor: Redação

A presidente do sindicato dos policiais penais do RN, Vilma Batista, apresentou quentinhas, agora bonitas, bem ornamentadas com frutas e verduras e saudáveis, em suas redes sociais e disse que elas eram do sistema prisional. Ela desqualificou as denúncias de que os fornecedores serviam comida estragada para os presos.

Agora, só é preciso atentar para um detalhe que Vilma não fala: a denúncia não é uma versão dos presos, como ela fala de modo politiqueiro. Trata-se de um dado publicado em relatório oficial de um órgão vinculado ao ministério dos direitos humanos após inspeção direta.

As inspeções realizadas em novembro de 2022 pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) em cinco dos 19 presídios do Estado apontaram que há violações de direitos humanos nas unidades potiguares. Eles constataram, me desculpe a redundância, de corpo presente. Não foi disse-me-disse.

Vilma Batista, que foi candidata na eleição passada, age com politicagem no caso. Ela não deveria utilizar seu cargo de representante de uma categoria para defender os fornecedores de marmita. É preciso levar o relatório oficial feito por quem é qualificado para tanto à sério, pois não adianta tapar o sol com a peneira. Vale lembrar também que toda essa comida é paga pelo Estado e, portanto, deve chegar adequadamente aos apenados.

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Atualização – 13:56

Vilma Batista entrou em contato para dizer que não defende fornecedor algum, mas que quis mostrar, segundo ela, a real verdade a respeito do caso. Segundo ela, não há distribuição de comida estragada pelos policiais e que atua apenas em defesa da sua categoria.

Do blog: lembrei a ela que não há no texto nenhuma passagem que ela defende algum fornecedor em específico, alguma empresa A, B ou C. Mas que, no momento em que ela nega a existência de distribuição de comida estragada, ela não está defendendo a sua categoria. Até porque é público, notório e insofismável que não são os policiais que distribuem a alimentação dos apenados. Quem faz essa distribuição é o fornecedor licitado, não tendo o policial penal nenhuma responsabilidade sobre a comida que chega ao presídio. Ainda que agora ela esclareça que não foi sua intenção e está devidamente aqui veiculado, dizer que a comida é boa exime quem tem a incumbência de executar a ação e não estaria fazendo.

Lembrei também a ela que é falsa a versão dada por ela que a comida estragada que chega foi assim classificada após a versão de presos. A constatação foi feita por órgão vinculado ao ministério dos direitos humanos, após visitar presídios do RN.

De qualquer modo, fica feito o registro alegado pela presidente do sindicato de que não quis defender nenhum fornecedor com a sua postagem, mas a atuação dos policiais penais.