Romeu Zema, Tarcísio de Freitas e Eduardo Leite competem pelo espólio do bolsonarismo

Autor: Daniel Menezes

As recentes declarações dadas por Romeu Zema, governador por Minas Gerais, defendendo uma frente Sul-Sudeste, inclusive com fins eleitorais contra a esquerda, que vem ganhando com os votos em sua maioria do nordeste, são tentativa de acessar o espólio deixado por Jair Bolsonaro, que está inelegível. 

O governador pelo Estado de São Paulo também entrou na briga. Ele acena para o bolsonarismo com a defesa da violência policial, como no caso da chacina da Guarujá, e com pautas de guerra cultural. Não querendo ficar atrás, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse que concorda com Zema. 

O bolsonarismo é também xenofobia contra o nordeste. Só que antes a questão era posta de forma camuflada. Agora, de maneira aberta. Penso que a estratégia não é competitiva em termos de vitória eleitoral. Só que eles estão em um primeiro momento da disputa, que diz respeito a viabilização da candidatura à presidência dentro do campo da direita. Daí a radicalização aberta e extrema, com falas sem qualquer floreio.

É pouco provável que até 2026 a oposição ao governo Lula seja dominada por candidaturas moderadas. Esta pegada, portanto, deverá continuar.

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