Novo terrorismo negacionista: Pra quem anda espalhando falsidades sobre desabastecimento

Autor: Redação

Você certamente já deve ter ouvido falar sobre possibilidade desabastecimento de Diesel no Brasil. Algumas pessoas tem repetido essa "inverdade" no sentido de criar um clima de terrorismo. Claramente, os grandes afetados pela nova política de preços, que vinham enchendo o bolsos com o PPI e deixando a Petrobras a meia-carga das suas refinarias, penalizando o brasileiro, agora parecem querer aterrorizar a população e o “mercado”. Agora querem convencer que aumentar o preço é bom..... sera?

Confira o twitter do @andreroncaglia:

Há crise de desabastecimento de diesel no Brasil? Reportagens alegam existirem "restrições" à compra de óleo diesel em postos Brasil afora. O mapa abaixo é da reportagem do Poder 360. A reportagem é bastante contraditória, pois mancheteia "estados relatam restrições", mas.... 

... ao dar a palavra para as distribuidoras, a resposta é: "não sei do que você está falando. Por aqui o abastecimento está normal".

A reportagem inteira é baseada num estudo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), os principais perdedores com a mudança de preços da Petrobras. Para ter algum rigor (como a reportagem deveria ter feito), fui olhar os dados da Petrobras e adivinha....

A produção de Diesel aumentou 10% no último trimestre. E olha que lindo ver que toda a produção vai para o mercado interno.

A produção de gasolina também aumentou (7,4%) no trimestre e, como se vê, a Petrobras importou gasolina para abastecer o mercado interno (mais detalhes adiante).

E se espiarmos os dados de importação, a Petrobras aumentou em 32% a importação de Diesel entre o primeiro e o segundo trimestres de 2023. Ou seja, a Petrobras tem como atender à demanda por Diesel via produção e importação, tirando mercado dos importadores (Abicom).

Encontramos aqui a raiz desta dor profunda da Abicom, que a levou a comprar espaço publicitário disfarçado de jornalismo. Explico-me. O PPI criou um mercado de importadores que nadou de braçada entre 2016 e 2022, porque a Petrobras incluía no preço todos os custos de importação.

Com a mudança na política de preços, a Petrobras passou a observar seus custos de produção (em R$) com base para guiar os preços no país. O resultado qual foi? Acabou a mamata dos importadores que se enriqueciam às custas do povo brasileiro. Em suma, é choro de perdedor. Mas...

A Abicom conseguiu pautar a nossa (preguiçosa) imprensa, que se rende ao tilintar de trinta moedas e abdica de produzir informação robusta e verificada. Por fim, comparem o mapa dos reclamadores da falta de diesel e o mapa da votação de 2022. Enxergam alguma relação?

 

Mas, por mero desencargo de consciência, pensei: se houver restrição de abastecimento nestas localidades, imagino que o preço médio do Diesel esteja nas alturas. Oferta e demanda, sabe? Baixei os dados na ANP e, no Centro Oeste, a inflação nos preços do Diesel S500, não, pera...

 

Finalmente, não quero dizer que está afastado qualquer risco de desabastecimento, este sempre existe (os EUA que o digam), mas não me parece ser o caso hoje. A Petrobras está retomando o seu papel de produtora de derivados, com investimentos importantes. Neste cenário, é esperada a chiadeira de quem está perdendo sua fatia de mercado. O que não pode ocorrer é a imprensa comprar a narrativa de associações setoriais pelo seu valor de face e insuflar o terror na população.

 

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