1 de novembro de 2024

Consórcio Nordeste defende Sistema Único de Segurança Pública

Autor: Redação

Do Saiba Mais - O Consórcio Nordeste, órgão integrado pelos nove estados da região e que é presidido pela governadora Fátima Bezerra (PT-RN), classificou a reunião sobre a proposta de um Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) como uma “iniciativa extremamente oportuna e necessária”, e defendeu que é momento de união em prol do tema.

O Consórcio lançou uma nota após reunião do presidente Lula (PT) nesta quinta-feira (31), em que foi apresentada a PEC da Segurança Pública, documento proposto pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que pretende conferir status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), instituído em 2018, por lei ordinária.

O encontro, segundo a entidade nordestina, reforça o compromisso do governo federal em buscar soluções integradas para a segurança pública, “um tema que exige urgência e coordenação diante dos complexos desafios que enfrentamos, incluindo o avanço do crime organizado e das facções.” 

O Consórcio afirmou que vem tratando dessa pauta por meio da Câmara Temática de Segurança e que integrar o SUSP à Constituição e promover uma atuação conjunta entre forças de segurança estaduais, regionais e federais são passos essenciais para uma resposta eficaz. 

“Junto a isso, é urgente a melhoria do financiamento das políticas de segurança pública, reforçando o investimento em tecnologias, equipamentos e qualificação e o compartilhamento de estratégias de inteligência policial”, disse o grupo.

“O momento é de união em prol dos interesses da sociedade. Esperamos que essa reunião seja um marco para fortalecer a sinergia, o respeito à autonomia dos estados e a cooperação entre os entes federados, rumo a uma segurança pública robusta e eficiente para todos”, disse o grupo.

A partir desse debate liderado pelo presidente Lula, o Consórcio disse que vai assumir o compromisso de enviar nos próximos dias ao governo federal propostas para articulação e efetivação de um Pacto Nacional pela Segurança Pública.

A reunião com o presidente no Palácio do Planalto contou com a presença de governadores, vice-governadores, ministros e representantes do poder judiciário e do poder legislativo, de prefeituras e municípios, além da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

“A questão da segurança pública hoje não é uma questão como já foi em outras décadas. O crime organizado hoje não é mais o bandido comum que a gente estava habituado a lidar. Hoje é uma organização poderosa que está envolvida em todos os setores da sociedade, inclusive em nível internacional”, ressaltou Lula.

Para o chefe do Planalto, é necessário um amplo pacto para que seja possível um combate efetivo ao crime organizado. 

“Essa é uma coisa que é quase que incontrolável se a gente não montar um pacto federativo que envolva todos os poderes da Federação, todos os poderes que estão envolvidos diretamente nisso, e que a gente possa construir um processo que discuta desde o sistema prisional até o sistema do cadastro que cada estado tem. É preciso que haja uma informação sistematizada, organizada, porque a gente não pode continuar permitindo que um criminoso no Paraná possa se esconder indo para São Paulo e tirando outra identidade ou ele comece um crime em São Paulo e vá se esconder em um estado do Nordeste”, pontuou Lula.

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