16 de novembro de 2024

Alvo do ressentimento da extrema direita negacionista de Natal contra a UFRN, ataques ao LAIS caminham para virar barrigada histórica do jornalismo local

Autor: Daniel Menezes

A barrigada no jargão do jornalismo ocorre quando um veículo divulga uma informação equivocada. Ora, é possível cravar hoje que várias foram produzidas contra o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde LAIS/UFRN. Quem acompanha este blog sabia que a maioria delas não parava em pé, pois bastava conhecer ou se informar sobre o funcionamento de uma universidade, de uma base de pesquisa, para ter o entendimento de que estavamos diante de imputações pouco verossímeis.

O processo que membros do LAIS e da UFRN sofrem a partir de acusações exploradas à exaustão pelo plano palumbo corre em segredo de justiça, pois agentes públicos que fizeram a investigação passaram a ter suas condutas questionadas. Mas já é possível estabelecer que as alegações de que pesquisadores do LAIS usavam recursos do instituto para fins pessoais caíram, restando pouca coisa agora em debate. Este dado já vazou e circula. Não demorará muito e todo o restante virá à tona.

NEGACIONISMO, UNIVERSIDADE E PANDEMIA

Os ataques contra o LAIS começam a partir do momento em que Ricardo Valentim, o diretor do laboratório, passou a ter poder durante a pandemia, fazendo parte do conselho científico estadual, sendo responsável por grande quantidade de informações e se contrapondo ao discurso negacionista pró-ivermectina/antivacina tocado pelo jornalistas locais em endosso ao modo criminoso como inegavelmente se comportou o prefeito Álvaro Dias e seus liderados especialistas do comitê científico (sic) local. A partir de então, virou alvo de ivermecteners apoiadores de Álvaro Dias com embalo ressentido anticiência que as elites locais canalizam contra a UFRN, apesar de gastarem bastante dinheiro para colocarem seus filhos nela.

Quando as alegações do MPF surgiram, elas foram tratadas como verdade absoluta e não existiu qualquer espaço para o contraditório, para a construção da dúvida. Desde então, o LAIS mergulhou da esfera pública local, não impedindo que ganhasse prêmios nacionais e internacionais pelas suas pesquisas e contribuições à saúde e à ciência.

É pouco provável que os que tocaram o assassinato de reputação voltem atrás. Ora, se nunca pediram desculpas ou reconheceram o erro por 2 anos de informações falsas alastradas que levaram milhares à morte, agora não será diferente. Mas mais uma vez o rei ficará nu. 

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